Naval Canoagem conquista Bronze no Campeonato Nacional e tem canoista Maria Rei como única representante feminina de Portugal na maratona dos World Games na China!
A
Canoagem da Associação Desportiva Naval Remo (ADNR) conquistou no
passado fim de semana a primeira Medalha no Campeonato Nacional de
Regatas em Linha realizada em Montemor-o-Velho
De
sublinhar que a Naval participou com 15 atletas, dos escalões de
iniciado a infantil, que realizaram um total de 75 regatas,
conquistando o 19º lugar entre os 50 clubes participantes.
“Este
fim de semana tivemos o evento mais difícil e emocionante do ano.
Foi uma competição espetacular, não tanto pelos resultados, mas
pelo crescimento competitivo que cada um dos atletas demonstrou”,
destacou o treinador Andy Morales.“Olhando
para os resultados, no ano passado apenas chegámos à Final B (…)
e tivemos um resultado modesto (45º lugar com 30 pontos). Este ano,
terminamos em 19° lugar com 780 pontos. Estar entre os primeiros 20
clubes do país é um enorme privilégio (são 50 clubes).
Conseguimos levar quase todos os barcos às meias-finais e tivemos a
oportunidade de aceder a 20 finais (finais A ou finais B), ganhámos
a nossa primeira medalha e, mais importante, a atitude, a
concentração e o empenho dos nossos Atletas foi inexcedível e
foram um exemplo de superação. Por fim uma palavra de apreço e de
agradecimento aos Pais pelo apoio e compromisso com o nosso
Projeto... estas conquistas também são para eles.”, refere o
treinador da Canoagem da Naval, Andy Morales.
Resultados:
C1
Infantil A Masculino 1000 - 3º Daniil Molchanov (medalha
de bronze); K1
Iniciado B Feminino 200m - 13º Sara Mota; SUPC Infantil Feminino
200 - 4ª Leonor Serôdio; C1 Infantil Feminino 200 - 4ª Maria
Casaleiro Dias; K1 Infantil B Feminino 200 - Luiza Gonçalves
ficou-se pela 1ª eliminatória; C1 Infantil Feminino 500 - 5ª Maria
Casaleiro Dias; C1 Infantil A Masculino 500 - 4º Daniil Molchanov;
K1 Infantil B Masculino 500 - 13º David Condesso, Kayki Padilha
ficou pela semi-final e Tiago Caldeira ficou pelas eliminatórias; K1
Infantil B Feminino 500 - 10ª Maria Montero, Luíza Gonçalves ficou
pelas eliminatórias; K2 Iniciado Masculino 500 - 10º Salvador
Andrade / Francisco Bicho Dias; K4 Infantil Masculino 500 - 5º David
Condesso / Tomás Bernardes / Kayki Padilha / Tiago Caldeira; K1
Iniciado B Feminino 500 - 12ª Sara Mota; SUPC Infantil Feminino 500
- 4ª Leonor Serôdio; K1 Iniciado A Masculino 500 - 9º Martim
Caldeira, 11º Salvador Andrade e 13º Guilherme Malhadas; K2
Infantil Masculino 500 - 12º David Condesso Gonçalves / Tomás
Bernardes; K1 Iniciado A Masculino 1000 - 6º Francisco Bicho Dias,
12º Martim Caldeira, 13º Guilherme Malhadas; K1 Infantil B
Masculino 1000 - 14º Tomás Bernardes, 15º Kayki Padilha, e Tiago
Caldeira ficou pela eliminatória; K1 Infantil A Feminino 200 - Luna
Alves ficou pela Semi-final; K1 Infantil A Feminino 500 - Luna Alves
ficou pela Semi-final; K4 Iniciado Masculino 500m - Martim Caldeira /
Francisco Bicho Dias / Salvador Andrade / Guilherme Malhadas viraram,
tendo sido desclassificados; K2 Infantil Feminino 500 - 13ªs Maria
Montero / Luiza Gonçalves.
Para
o responsável pela Canoagem da ADNR, Gustavo Baeta, “é difícil
ser frio e objetivo depois de um Campeonato Nacional tão rico em
experiências e tão intenso”.
“Quando
iniciámos o projeto, delineámos uma estratégia e estabelecemos
objetivos, que têm sido cumpridos e revistos em alta no que se
refere ao nível de ambição e de exigência, só possíveis devido
à seriedade, compromisso, profissionalismo, rigor e paixão dos
responsáveis, do Treinador Andy Morales e voluntários que se
dedicam diariamente e sem reservas a um conjunto de atletas,
ambiciosos e empenhados, secundados por um conjunto de pais e
familiares fantástico. A Canoagem da Naval é ainda um projeto muito
jovem e só graças ao apoio de todos os que nos rodeiam é que tem
dado passos seguros. É uma grande satisfação observar o que este
Clube tem conseguido conquistar com os seus canoístas.”,
realça Gustavo Baeta.
Mas
a época desportiva ainda não acabou. A Naval Canoagem prepara já o
próximo desafio que será nos dias 6 e 7 de setembro, com a
realização do Campeonato Nacional de Primeiras Pagaiadas, na Vila
do Prado.
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Canoísta
da Naval Maria Rei é única representante feminina de Portugal na
maratona dos World Games que este ano se realizam em Chengdu, na
China!Com
o sonho de alcançar os Jogos Olímpicos de 2028, a canoísta Maria
Rei, única representante feminina de Portugal na maratona dos World
Games 2025, concluiu um mês de preparação intensiva na Associação
Desportiva Naval Remo (ADNR), na Figueira da Foz. A atleta de 25
anos, que já está a caminho de Chengdu, na China, com uma confiança
renovada e a certeza de estar na melhor forma da sua carreira.
Após
um resultado menos positivo no Campeonato Europeu em junho, Maria Rei
sentiu que era imperativo "mudar alguma coisa". A solução
foi encontrada nas águas do Mondego e no trabalho com o treinador da
ADNR, Andy Morales.
A
preparação focou-se não só no aumento da intensidade e do volume
de treino, mas, crucialmente, no aprimoramento de aspetos técnicos e
mentais.
"Independentemente
do que aconteça, eu sei que estou numa forma, talvez na melhor forma
dos últimos tempos da minha vida. Nunca me senti tão bem
preparada", afirma a atleta. Um dos maiores progressos foi
nas portagens (uma manobra técnica de sair do barco a correr e
reentrar), que considerava ser um ponto fraco. "Quando aqui
cheguei, sair do barco em andamento era quase impensável. Agora já
é uma coisa mecanizada", explica Maria, que concilia o
desporto de alta competição com a Licenciatura em Fisioterapia, na
cidade de Aveiro.
Para
a atleta natural de Pardilhó, que representa, atualmente, a
Associação de Canoagem de Cacia, esta preparação é um passo
fundamental no caminho para o seu maior objetivo. "Onde me
vejo daqui a três anos? Nos Jogos Olímpicos. Gostava muito. Este é
o meu maior objetivo", confessa.O
treinador Andy Morales confirma a evolução e elogia a mentalidade
da canoísta. "A Maria é uma atleta muito disciplinada. O
nosso trabalho centrou-se em potenciar algumas capacidades que
estavam mais fracas e, sobretudo, em fortalecer a mente. Foram
treinos duros, mas terminar com a Maria a sorrir era o sinal do seu
crescimento físico e psicológico", destaca o técnico.
Com
a competição a aproximar-se, Andy deixa uma mensagem final para a
sua atleta: "Esperamos o melhor e preparamo-nos para o pior.
Vamos com a melhor confiança do mundo."
A
Associação Desportiva Naval Remo orgulha-se de ter contribuído
para a jornada de Maria Rei, reafirmando o seu objetivo de crescer e
consolidar o Clube como como um centro de excelência para a canoagem
em Portugal. A cidade e o clube estarão a apoiar a atleta nos dias 9
e 10 de agosto, durante a sua participação nos World Games.
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Entrevista
com Maria Rei: A Caminho dos World Reis - Da Figueira da Foz para o
Mundo: A jornada de Maria Rei, a única representante de Portugal nos
World Games
A
atleta da Seleção Nacional de Canoagem, Maria Rei, de 25 anos,
esteve durante o último mês na Figueira da Foz, em preparação
intensiva para os World Games em Chengdu, na China. A treinar na
Associação Desportiva Naval Remo (ADNR), sob a orientação do
técnico Andy Morales, a única representante feminina de Portugal em
canoagem de maratona parte para a competição com novos objetivos e
uma confiança reforçada.
Antes
da partida, conversámos com a atleta e com o seu treinador.
Pergunta
(P): Maria, bem-vinda. Estiveste um mês na Figueira da Foz a treinar
na Naval Remo. O que te trouxe até aqui?
Maria
Rei (MR): Depois do Europeu de Maratona, em junho, as coisas não
saíram muito bem e achei que tinha de mudar alguma coisa. Eu já
conhecia o Andy (Morales) e sabia do excelente trabalho que ele tinha
realizado com outras atletas. Decidi contactá-lo.
P:
Como descreves este período de treinos no rio Mondego?
MR:
Foram treinos muito intensos. Tivemos uma acumulação grande de
quilómetros e fizemos muitas simulações de prova. Foi uma
preparação que me desafiou muito, não só fisicamente, mas também
mentalmente, para conseguir aguentar tudo. Sinto que tive de aumentar
a minha capacidade de concentração e resiliência, mas o resultado
é que nunca me senti tão bem preparada.
P:
Falas em desafios. Houve alguma área técnica em que sentiste uma
evolução notória?
MR:
Sim, sem dúvida nas portagens. Na maratona, temos de sair do barco,
correr com ele e voltar a entrar. Quando aqui cheguei, não tinha
essa habilidade, sair do barco em andamento era quase impensável
para mim, perdia muito tempo. Agora, passadas estas semanas, já é
uma coisa mecanizada. Os miúdos do clube até brincavam comigo e
perguntavam: "quantos mergulhos fizeste hoje?". Felizmente,
foram diminuindo!
P:
Partes agora para os World Games na China. Quais são os teus
objetivos?
MR:
O principal objetivo é superar aquilo que fiz no europeu. Gostava
muito de trazer uma medalha para Portugal, mas o foco é sentir que
fiz a minha melhor prova. Independentemente do que aconteça, sei que
estou numa forma excelente.
P:
E para além da China, olhando mais para a frente, qual é o teu
grande sonho no desporto?
MR:
O meu grande objetivo, o meu sonho, é estar nos Jogos Olímpicos de
2028. É para isso que trabalho todos os dias. Paralelamente, quero
terminar a minha licenciatura em Fisioterapia e, talvez, fazer um
mestrado.
P:
Que conselho deixarias aos jovens atletas da Naval que te viram
treinar diariamente?
MR:
Diria para se divertirem. Quem faz desporto tem de gostar do que faz.
Se estiverem aqui obrigados, não corre bem. É preciso ter rigor,
claro, mas têm de desfrutar do desafio diário e do contacto com a
natureza. A diversão é o mais importante.
Entrevista
com o treinador Andy Morales (AM)
P:
Andy, como foi receber o desafio de treinar a Maria para a maratona,
que é uma disciplina com especificidades diferentes da velocidade?
AM:
Foi uma surpresa dupla! Eu já esperava que ela pudesse ligar-me, mas
a minha cabeça estava a processar um plano para a pista
(velocidade). Quando ela disse que era para a maratona, a minha
criatividade teve de ir para o céu! Foi um processo de aprendizagem
para mim também. Tive de arranjar soluções para ela evoluir nas
portagens e trabalhar muito os processos psicológicos, que são
cruciais numa prova tão longa.
P:
Como descreves a Maria enquanto atleta neste processo?
MR:
A Maria tem uma excelente base de rendimento e ótimas capacidades
físicas. Mas o que mais se destaca é a sua disciplina. É, sem
dúvida, uma atleta muito disciplinada. Chega sempre cinco minutos
antes dos treinos começarem. Essa disciplina e constância são o
que, a longo prazo, a vai levar a atingir os objetivos que ela tem.
P:
Qual é o balanço que fazes deste mês de trabalho intenso?
MR:
Foram semanas de muito trabalho físico e mental. Fizemos muitos
quilómetros. A Maria chegou a dizer "eu sou muito má nas
portagens" e hoje está apta a dar aulas sobre o tema! Mas para
mim, o melhor sinal de todos era vê-la terminar um treino duro com
um sorriso no rosto. Isso significava que houve um crescimento
físico, mas também psicológico.
P:
É difícil para um treinador não estar presente na competição.
Que mensagem final lhe transmitiste?
MR:
É verdade, as palavras certas surgem no momento. Mas há uma frase
muito importante que quero que a Maria leve com ela e que resume a
nossa filosofia: "Esperamos o melhor e preparar-mo-nos para o
pior". Significa que trabalhámos para aperfeiçoar tudo e vamos
com a máxima confiança, mas estamos mentalmente preparados para
qualquer cenário que a prova apresente.
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